As sete maravilhas da produtividade do milho e a importância do nitrogênio

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 Grãos de milho

AGROREPORT - Informativo Agronômico da Corteva Agriscience

As sete maravilhas da produtividade do milho e a importância do nitrogênio

Autor: Viviann Yndiana Einsfeld. Seeds Field Agronomist-RS e Marcos Figueiredo, Seeds Field Agronomist-RS

Diversos são os fatores que afetam a produtividade da lavoura de milho até o final da safra. Sem dúvidas, é a cultura que mais responde à tecnologia e ao manejo. Se fosse para listar os fatores que afetam a produtividade, quais seriam os principais? Fred Below, professor da Universidade de Illinois, através de pesquisas ao longo dos anos, descreve “As sete maravilhas da produtividade do milho”, listadas na Tabela 1, e ainda comenta que, quanto mais alto o fator está na lista, mais controle exerce sobre os que estão abaixo, uma vez que todos os fatores estão interligados.

Tabela 1: As sete maravilhas da produtividade do milho. Valores apresentados em sc/ha.

  Chama a atenção os fatores clima, nitrogênio (N) e híbrido. Em safras com ambiente favorável, eles representam mais de 70% da produtividade alcançada. Há pouca possibilidade de intervenção humana quando nos referimos aos fatores de clima, como luz, temperatura e água, exceto no sistema produtivo irrigado, onde conseguimos intervir no suprimento adequado de água. A escolha do híbrido adequado para cada situação está ao alcance do produtor rural. É fundamental que isso seja discutido em conjunto com a assistência técnica da propriedade, levando em conta o sistema de produção adotado, expectativa de produtividade e manejo escolhido, devendo-se ter em mente que, quanto maior a expectativa de rendimento, maior deve ser o nível de investimento, principalmente, o aporte de N.

Vamos discutir a respeito do manejo do N, afinal, ele pode representar, em média, 26% da produtividade alcançada. O N é o nutriente mais demandado em termos de quantidade pela cultura do milho, seguido do potássio, cálcio, magnésio e fósforo.


Os momentos de maior demanda de N e críticos na definição do potencial produtivo são em V5-V8 (definição número de fileiras) e em V10-V12 (definição de grãos por fileiras). Nestes estádios, o N deve estar prontamente disponível para utilização, a planta absorve o N em forma de nitrato ou amônio, porém a ureia é a fonte mais utilizada e o N está na forma amídica, sendo necessária a transformação via urease, o que demanda determinado tempo. Trabalhos com híbridos mais modernos apontam que, aproximadamente, 67% de todo o N absorvido ocorre até o florescimento do milho (Figura 1). Já os 37% restantes de todo o N absorvido ocorre após o florescimento. Neste momento de enchimento de grãos, está sendo definido outro componente de produtividade que é o peso de grãos. Desta fração absorvida pós-florescimento, estima-se que 38% venha de remobilização dos órgãos de reserva da planta, como colmo e folhas, e 62% restantes sejam fornecidos pelo solo. Os híbridos desenvolvidos nos últimos anos tendem a absorver nutrientes com maior eficiência e por mais tempo, mantendo a planta mais “verde” até a maturação e ampliando, inclusive, a janela de corte no caso de áreas destinadas para silagem.

Observe que, na tabela 02, temos a marcha de absorção de um híbrido mais recente no mercado, considerado moderno e de alto teto produtivo. Fica nítido que o pico de acúmulo de N nas folhas é atingido no florescimento (118,5 kg/ha), e vai decrescendo após esse período, momento em que estará ocorrendo a remobilização do N das folhas, sendo direcionado para o enchimento de grãos. Contrário a isso, o acúmulo de N nos grãos inicia logo após o florescimento e segue com acúmulos expressivos até a maturidade fisiológica.

Tabela 2: Tabela 2: Marcha de Acúmulo de Nitrogênio.

Devido à complexidade da dinâmica do N no solo, o critério mais comum utilizado para recomendações de adubação leva em conta a expectativa de produtividade, porém é preciso criar estratégias que visem maximização e fornecimento de N durante todo ciclo da cultura, já que uma parte considerável do N é absorvida nos estádios reprodutivos. É necessário levar em consideração o sistema de produção e as culturas de coberturas ou antecessoras do milho, como soja sucedida por milho, mix de coberturas (aveia + nabo + ervilhaca), aveia solteira ou até mesmo milho sucedido de milho.

Tabela 3: Otto R., 2020 - Adaptado de vários autores (Gamboa, 1980; Hiroce et al., 1989; Bull, 1993; Arnon, 1975; Andrade, 1975; Barber e Olson, 1969; Coelho e França, 1995).

A demanda nutricional média de N pela planta de milho é de 25 Kg de N/tonelada de grãos produzida (Tabela 3). Porém, não basta recomendar de forma direta e simples, devemos considerar as perdas de N do sistema, como volatilização, lixiviação e imobilização por microorganismos, além dos momentos de maior demanda da cultura, utilizando parcelamento das doses aplicadas.

Diferentes estratégias de parcelamento incluem a tradicional adubação de base contendo N via adubos formulados (30 a 45 kg/ha N) na semeadura, seguida pela cobertura nitrogenada parcelada (V3 e V6).

Há, também, a incorporação total da ureia em operação antes da semeadura do milho e, mais recentemente, visando atender a demanda dos híbridos modernos, têm ocorrido aplicações complementares de N próximo ao pré-pendoamento, seja via pivô central ou autopropelidos específicos para estes fins, proporcionando uma janela maior de disponibilidade do N no sistema até o fim do ciclo do milho.

Evidentemente, existem dificuldades operacionais envolvidas em adubações visando fornecimentos de N na fase reprodutiva do milho, como a falta e a necessidade de aquisição de novos equipamentos. Outra dificuldade está na impossibilidade de quantificar o N disponível no solo com precisão para evitar sub ou super dosagens. Técnicas de manejo que tragam incrementos no teor de matéria orgânica no solodevem fazer parte das estratégias para garantir maior janela de disponibilidade de N.

 

Tecnologia Corteva

Desta forma, manter as plantas de milho com o suprimento adequado de nitrogênio durante todo o ciclo, mesmo nos estádios fenológicos mais avançados, é essencial para o atingimento de altas produtividades.

É justamente para auxiliar o produtor de milho neste desafio que a Corteva Agriscience traz ao agricultor o Utrisha N, um fixador de nitrogênio atmosférico via foliar.

Composto pela bactéria Methylobacterium symbioticum, Utrisha N é uma solução inovadora e sustentável que aumenta a eficiência da planta de milho no uso de nitrogênio. A bactéria coloniza a planta de forma sistêmica e fixa nitrogênio atmosférico de maneira eficiente e estável durante os diversos estádios de desenvolvimento da planta de milho, trazendo consistentes ganhos de produtividade.

 

Recomendação Técnica

Utrisha N deve ser aplicado de acordo com as recomendações de boas práticas agrícolas e instruções da bula.

Saiba mais em: https://www.corteva.com.br/produtos-e-servicos/biologicos/utrisha-n.html